
O caso é daqueles que deixam qualquer um de queixo caído: uma juíza do Rio Grande do Sul acabou de ser expulsa da magistratura depois que descobriram que ela — pasme! — estaria copiando despachos como se fosse um trabalho escolar. E não foram meia dúzia, não: mais de 2 mil processos teriam recebido o mesmo tratamento.
Segundo fontes próximas ao tribunal, a magistrada (que preferimos não identificar) simplesmente repetia textos padrão em decisões que deveriam ser, em tese, analisadas caso a caso. Algo como usar Ctrl+C e Ctrl+V na vida real — só que com consequências bem mais sérias.
Como a fraude veio à tona
Tudo começou quando alguns advogados perceberam algo estranho: despachos completamente diferentes tinham textos idênticos, palavra por palavra. Não demorou para a corregedoria abrir uma investigação — e o que encontraram foi de deixar qualquer um com os cabelos em pé.
- Mais de 2 mil processos com despachos copiados
- Padrão de repetição em casos totalmente distintos
- Investigação durou cerca de 6 meses
"É como se ela tivesse um arquivo de modelos e só trocasse os nomes das partes", comentou um servidor que pediu anonimato. "O pior é que alguns desses processos envolviam situações delicadíssimas — coisas que mereciam análise individual."
As consequências
Ao que tudo indica, a juíza não apenas perdeu o cargo como pode responder por improbidade administrativa. E olha que a situação poderia ser ainda pior: alguns especialistas em direito disciplinar acreditam que ela escapou "barato", já que não houve indícios de benefício pessoal.
O caso reacendeu um debate antigo nos corredores do Judiciário: até que ponto a pressão por produtividade pode levar a atalhos éticos duvidosos? Afinal, sabemos que muitos juízes estão sobrecarregados — mas isso justificaria, ainda que parcialmente, uma conduta dessas?
Enquanto isso, os processos "afetados" terão que ser revisados um a um. Uma trabalheira danada que, convenhamos, poderia ter sido evitada com um pouquinho mais de zelo profissional.