Ceará em Estado de Emergência: Tarifaço de Energia Elétrica Aciona Medidas de Mitigação Imediata
Ceará decreta emergência por alta na energia elétrica

Parece que o Ceará resolveu não ficar de braços cruzados diante daquela facada mensal que é a conta de luz. Na verdade, o governo estadual deu um passo drástico — mas necessário — nesta quarta-feira (4). Decretou situação de emergência. Sim, você leu certo. Emergência. Por causa do preço da energia.

E não é exagero. A bandeira vermelha patamar 2, aquela que dói no bolso, foi acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para setembro. Traduzindo: um aumento médio de R$ 14,90 a cada 100 kWh consumidos. Sabe o que isso significa? Mais um peso nas costas de quem já mal consegue respirar financeiramente.

Mas o que raios esse decreto faz na prática? Ele basicamente dá poder ao estado para agir rápido. Acelera a compra de materiais, a contratação de serviços… tudo para estender o Programa de Mitigação de Energia. E olha, a coisa é séria: o governador Elmano de Freitas não só homologou o decreto como reforçou que a prioridade é proteger as famílias.

O que muda para o consumidor?

Bom, a ideia não é magicamente fazer a conta de luz diminuir — até porque isso escapa das mãos do governo estadual. O foco, na verdade, é ampliar o alcance do programa que já existe. Mais gente sendo beneficiada. Mais desconto aplicado. Mais respiro no final do mês.

E por que o Ceará está sofrendo mais? A gente bem sabe que o estado é vulnerável. Seca. Calor. O povo precisa de ventilador, ar-condicionado, geladeira ligada o tempo todo. O consumo é alto, e a tarifa, agora, está nas alturas. Não tem jeito: quando sobe a bandeira vermelha, sobe também o desespero doméstico.

O pano de fundo todo é ainda mais complexo. Crise hídrica nacional, termelétricas a todo vapor — literalmente — e um custo de geração de energia que não para de subir. Tudo isso pressiona a tarifa. E no fim, quem paga a conta é sempre o mesmo: o consumidor.

E agora?

A medida é emergencial, temporária. Vai durar 180 dias, prorrogável se a treta continuar. Mas uma coisa é certa: o governo estadual mandou um recado. “Estamos vendo, e estamos fazendo algo”.

Enquanto isso, a dica — além de torcer por vento forte e céu azul para os aerogeradores e painéis solares — é ficar de olho. Acompanhar se você se enquadra nos critérios de mitigação. Correr atrás. E cobrar.

Porque energia elétrica não é luxo. É necessidade. E direito.