A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, decidiu retirar os pedidos de depoimento de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, e Célio Faria, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, no Supremo Tribunal Federal (STF). A movimentação surpreendeu observadores e levantou questões sobre a estratégia jurídica adotada.
Segundo fontes próximas ao caso, a decisão foi tomada após avaliação técnica da equipe de advogados, que considerou os depoimentos "desnecessários" para a defesa de Torres. O ex-ministro é alvo de investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando atos violentos ocorreram em Brasília.
O que motivou a mudança de estratégia?
Especialistas em direito constitucional apontam que a defesa pode estar buscando simplificar o processo, evitando delongas que poderiam ser utilizadas pela acusação. "Às vezes, menos é mais. Se a defesa entende que esses depoimentos não agregam valor ao caso, faz sentido retirá-los", explicou um jurista ouvido pela reportagem.
Repercussão política
A decisão gerou reações no meio político, com alguns parlamentares questionando se há pressão por trás da mudança. Outros veem como uma jogada estratégica para evitar expor aliados a interrogatórios delicados.
O STF ainda não se pronunciou oficialmente sobre a retirada dos pedidos, mas espera-se que o caso siga seu curso nos próximos dias, com possíveis novas movimentações por parte tanto da defesa quanto do Ministério Público.
