 
O Supremo Tribunal Federal permanece em um silêncio que ecoa pelos corredores do poder em Brasília enquanto o Maranhão vive uma das crises políticas mais graves de sua história. Duas cadeiras da presidência da Assembleia Legislativa estão ocupadas - ou vazias, dependendo de quem você pergunta - em um impasse que já dura semanas.
O Duelo pelo Poder no Maranhão
De um lado, Deputado Wellington do Curso, eleito pela maioria dos parlamentares em sessão tumultuada. Do outro, Deputado Hélio Silva, que alega irregularidades no processo e também se declara presidente legítimo. O resultado? Duas mesas diretoras, duas gestões e uma paralisia completa do legislativo estadual.
O Papel do Governo Federal na Crise
O ministro da Justiça, Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, encontra-se em posição delicada. Enquanto isso, o atual governador Carlos Brandão tenta navegar pelas águas turbulentas de um estado dividido entre duas lideranças legislativas.
O Silêncio que Fala Alto
O que mais chama atenção não é a crise em si - comum na política brasileira - mas o silêncio ensurdecedor do STF. Especialistas questionam:
- Por que a Corte não se manifesta sobre um caso tão evidente de ruptura institucional?
- Há temor de interferir em questões políticas estaduais?
- O caso aguarda relator específico ou há outros interesses em jogo?
As Consequências para a População
Enquanto os políticos disputam poder, a população maranhense sofre as consequências:
- Projetos de lei parados que afetam diretamente serviços públicos
- Orçamento estadual comprometido pela falta de deliberações
- Investidores hesitantes diante da instabilidade política
- Crise de representatividade que mina a confiança nas instituições
Um Precedente Perigoso
O caso do Maranhão pode criar um precedente perigoso para outros estados. Se duas pessoas podem reivindicar legitimamente a mesma posição de poder sem uma rápida intervenção judicial, o que impede que situações similares se repitam pelo Brasil?
O silêncio do Supremo não é apenas sobre cadeiras vazias ou ocupadas - é sobre quem deve ditar as regras da democracia brasileira. Enquanto isso, no Maranhão, duas portas da presidência permanecem abertas, aguardando uma decisão que pode definir o futuro político do estado.
 
 
 
 
