
O plenário do Supremo parecia mais um cinema vazio na sessão desta quarta — apenas três ministros compareceram para ouvir as testemunhas do caso envolvendo Marcelo Câmara. E olhe que o assunto é dos que esquentam os ânimos no meio político.
Enquanto isso, do lado de fora, o burburinho não parava: "Cadê os outros oito?", perguntava um advogado que acompanhava o caso, enquanto acertava os óculos com um gesto de quem já estava cansado de ver cena parecida.
O jogo das cadeiras vazias
Dos onze membros do STF, só apareceram Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Os demais? Ausências justificadas ou não — e isso já virou rotina nas últimas sessões. Será que estão economizando passagens aéreas ou o interesse realmente esfriou?
"É no mínimo curioso", comentou uma fonte próxima ao processo que preferiu não se identificar. "Quando o assunto é polêmico, a casa costuma lotar."
As testemunhas na berlinda
No centro das atenções (das poucas que havia), duas testemunhas-chave depuseram sobre supostas irregularidades envolvendo o ex-deputado. Detalhes? Ah, esses ficaram sob sigilo — como de praxe nesses casos que mexem com figurões da política.
- Primeira testemunha: 47 minutos de depoimento técnico
- Segunda testemunha: quase duas horas de relatos que fizeram os presentes trocarem olhares significativos
Barroso, que presidia a sessão, fez questão de frisar: "O STF não tem lado, apenas cumpre seu dever constitucional". Mas será que todos acreditam nisso?
O elefante na sala
Enquanto os procedimentos seguiam seu curso, um detalhe chamava atenção: a quantidade de seguranças superava em muito o número de espectadores. Coincidência ou precaução extra num caso que já nasceu sob holofotes?
O caso Marcelo Câmara — que envolve acusações de desvio de verbas públicas — segue sem previsão de conclusão. E com esse ritmo de sessões esvaziadas, quem sabe quando teremos um desfecho.