O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de dar um xeque-mate que pode mudar completamente o tabuleiro da Lava Jato. E olha que a partida já parecia encerrada há tempos. Numa reviravolta que deixou até os mais entendidos de queixo caído, os ministros abriram caminho para que Alberto Youssef — aquele mesmo, o operador que virou sinônimo do esquema bilionário — possa recuperar parte do que perdeu nos acordos de delação.
O pulo do gato jurídico
Parece ironia do destino, mas a mesma corte que validou a operação agora permite uma revisão das perdas. A decisão, técnica como um golpe de judô, se baseia em nuances processuais que muitos juristas nem tinham notado. "É como se tivessem encontrado uma brecha num contrato de aluguel assinado há dez anos", comenta um advogado que prefere não se identificar.
Detalhe curioso: o valor em jogo não é bagatela. Estamos falando de patrimônio bloqueado que, segundo fontes próximas ao caso, poderia chegar a dezenas de milhões. Dinheiro que, até então, estava com os pés na cadeia — ou melhor, nos cofres públicos.
Efeito dominó político
O que mais assusta não é o fato em si, mas suas consequências em cascata. Especialistas ouvidos nos bastidores alertam:
- Pode criar precedente para outros delatores
- Reacende o debate sobre "justiça seletiva"
- Coloca lenha na fogueira das críticas ao STF
Não à toa, o clima em Brasília está mais tenso que sala de espera de fórum. Enquanto uns comemoram nos grupos de WhatsApp, outros já preveem uma nova onda de ações judiciais — e não vai ser bonito de ver.
"Isso aqui vai virar um circo jurídico", resmunga um assessor parlamentar, enquanto toma seu terceiro café do dia. E ele pode não estar exagerando. Afinal, na política brasileira, quando uma porta se abre, geralmente é sinal que alguém está tentando fugir pela janela.
