
Um grupo de senadores entrou com um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A ação judicial, protocolada nesta terça-feira (9), alega que o magistrado estaria envolvido em conflito de interesses em decisões relacionadas a processos de grande repercussão.
Segundo os parlamentares, há indícios de que Mendes teria beneficiado partes com as quais mantém relações pessoais ou profissionais. O documento cita pelo menos três casos específicos nos últimos dois anos onde supostamente teria havido violação ao princípio da imparcialidade.
Repercussão política
O movimento já causa turbulência nos círculos políticos de Brasília. Líderes partidários se dividem entre os que defendem a apuração rigorosa das denúncias e os que veem na ação uma manobra política contra o STF.
Especialistas em Direito Constitucional destacam que processos de impeachment contra ministros do Supremo são raros na história brasileira. O último caso ocorreu em 2007, contra o então ministro Paulo Medina.
Defesa do ministro
Advogados de Gilmar Mendes já se manifestaram, classificando o pedido como "infundado e político". Alegam que todas as decisões do ministro seguiram rigorosamente os princípios jurídicos e que não há qualquer prova concreta de irregularidade.
O STF deve analisar a admissibilidade do processo nas próximas semanas. Enquanto isso, o caso promete acirrar os ânimos no cenário político nacional.