
O clima em Brasília está mais tenso que corda de violino no último compasso. E não é pra menos: faltando apenas sete dias para o desfecho do megajulgamento que pode definir o futuro político de Jair Bolsonaro, a pressão por uma anistia ao ex-presidente atingiu níveis estratosféricos.
Os aliados do capitão – sim, ainda usam esse apelido com orgulho – estão fazendo das tripas coração para evitar que o TSE lhe aplique a pena máxima: a inelegibilidade por oito longos anos. Imagina só? Oito ciclos eleitorais sem poder disputar uma mísera vaga de síndico, quem dirá a presidência.
O Xadrez Político por Trás dos Panos
Nos bastidores, rola uma movimentação que lembra aqueles filmes de espionagem – tudo sussurrado em corredores, com troca de favores e promessas que nem sempre saem do papel. A ala mais radical do bolsonarismo, aquela que ainda acredita em teorias mirabolantes, está convencida de que tudo não passa de uma armação do «sistema».
Já os pragmáticos – sim, existem alguns – tentam emplacar a narrativa da «pacificação nacional». Soa bonito, não? Mas entre o discurso e a prática… bem, sabemos que há um abismo.
O curioso é que até mesmo nomes inesperados começaram a ecoar o coro pela anistia. Figuras que antes criticavam Bolsonaro agora falam em «virar a página» e «evitar maior polarização». Conveniente, não?
E o STF? Onde Fica Nisso Tudo?
Ah, o Supremo! Essa corte que vive no olho do furacão. Enquanto o TSE se prepara para seu veredito, os ministros do STF observam tudo com lupa – e um certo desconforto. Afinal, qualquer decisão no TSE pode acabar batendo à sua porta em forma de recurso.
Relações públicas? Não exatamente. É mais uma daquelas novelas jurídico-políticas que só o Brasil sabe produzir. E olha que temos vasta experiência nesse genre.
O fato é que a semana promete. Os ânimos estão exaltados, os grupos de WhatsApp fervilhando e os palácios do Planalto e do Congresso vivendo mais uma vez sob o signo da incerteza. Resta saber se a pressão surtirá efeito ou se será apenas mais um capítulo na longa saga judicial brasileira.
Uma coisa é certa: dificilmente sairemos disso mais unidos. Mas esperar o contrário seria, no mínimo, ingênuo.