
Numa resposta que mistura indignação e ironia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) soltou o verbo nesta quarta-feira (30) sobre as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Não foi um mero comunicado — foi um soco na mesa.
"A atuação do STF é essencial para a manutenção da democracia no Brasil", disparou a PGR, em tom que lembra um professor corrigindo aluno rebelde. E completou, sem papas na língua: "Qualquer tentativa de interferência externa em assuntos internos do país é inaceitável".
O que está em jogo?
Os Estados Unidos — que nunca foram exatamente discretos em suas opiniões sobre o Brasil — resolveram colocar Moraes na lista de sanções. O motivo? Alegam "preocupações com a democracia". Ironia das ironias, vindo de um país que há quatro anos viu uma turba invadir o Capitólio.
A PGR, claro, não engoliu a provocação. Em texto que parece saído de um roteiro de filme político, destacou:
- A soberania brasileira é intocável
- O STF age dentro da lei
- Decisões judiciais não são moeda de troca internacional
E arrematou com uma frase de efeito: "O Brasil não é quintal de ninguém". Alguém duvida?
O timing político
Curiosamente — ou não — essa crise diplomática pipocou justamente quando:
- O governo brasileiro discute parcerias comerciais delicadas
- O STF julga casos de extrema sensibilidade política
- As eleições municipais começam a esquentar
Coincidência? A PGR prefere não especular, mas deixou claro que não vai abaixar a cabeça. "O ministro Moraes tem atuado com rigor técnico e independência", defenderam, como quem protege um quarterback no jogo decisivo.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polêmica virou um verdadeiro circo. De um lado, os que acham as sanções uma afronta. De outro, os que comemoram — estes, curiosamente, os mesmos que há pouco criticavam "intervencionismos". A vida dá voltas, não?