Pacheco se diz honrado com cotação para vaga de Barroso no STF e elogia outros nomes
Pacheco honrado com cotação para vaga de Barroso no STF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quebrou o silêncio sobre a especulação que o coloca como um dos principais nomes para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do ministro Luiz Fux. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (16), o senador mineiro se mostrou lisonjeado com a lembrança, mas adotou um tom diplomático ao comentar o assunto.

"Honra e consideração"

Pacheco afirmou sentir-se "honrado" por ser mencionado entre os possíveis sucessores de Fux, que se aposentará em agosto de 2026. "É uma honra e uma consideração muito grande que se faça esse tipo de menção ao meu nome", declarou o parlamentar, mantendo a discrição característica sobre assuntos do Judiciário.

Elogios à concorrência

Em um movimento que chamou a atenção de analistas políticos, Pacheco dedicou parte de sua fala para destacar as qualidades de outros nomes cotados para a vaga. Entre eles, mencionou especificamente:

  • Flávio Dino: atual ministro do STF, que assumiu a cadeira no início deste ano
  • Cármen Lúcia: ministra aposentada da Corte
  • Luís Roberto Barroso: atual presidente do Tribunal

"São pessoas de notório saber jurídico, de reconhecida competência, e que obviamente merecem todo o respeito e consideração", avaliou Pacheco.

O jogo político por trás da indicação

A escolha do próximo ministro do STF envolve uma complexa articulação política. A nomeação é de responsabilidade do presidente Lula, mas precisa ser aprovada pela maioria absoluta do Senado - onde Pacheco exerce forte influência como presidente da Casa.

Especialistas em direito constitucional apontam que a posição de Pacheco no Senado poderia facilitar sua própria confirmação, caso fosse indicado. No entanto, o senador evitou qualquer comentário que pudesse ser interpretado como campanha pessoal pelo cargo.

Próximos passos

O processo de substituição no STF ainda deve ganhar mais força ao longo dos próximos meses. Enquanto isso, Pacheco segue concentrado em sua agenda legislativa, sem dar sinais claros sobre seus interesses pessoais quanto à vaga no Supremo.

O episódio revela as delicadas relações entre os Poderes e como nomes do Legislativo frequentemente surgem como opções para compor a mais alta corte do país.