
E aí, como é que fica essa história de anistia? A pergunta que não quer calar no corredores do Congresso – e nas mesas de bar pelo Brasil afora – ainda não tem uma resposta definitiva. Longe disso.
O deputado federal José Agripino Maia (o Motta, para os íntimos), numa conversa franca com a imprensa nesta quarta-feira (4), foi direto ao ponto: não há nenhuma definição concreta sobre como a Câmara vai encarar a análise de pedidos de anistia. Nada. Zero. Nádegas de mosquito, como diria o bom e velho humor popular.
E o processo? Bom, segundo ele, a fase atual é pura e simplesmente de escuta. "Estamos ouvindo a todos", afirmou, com aquele ar de quem sabe que está lidando com um vespeiro político daqueles. E olha, não é para menos.
Um Quebra-Cabeça com Peças que Ainda Não Chegaram
O presidente da Casa, Arthur Lira, parece estar tateando no escuro. Motta confirmou que não há um desenho pronto, um formato pré-estabelecido sobre como esse tema sensível será conduzido. Vai ser uma comissão especial? Vai tramitar pelas comissões temáticas de sempre? Ninguém sabe ao certo. E, pelo visto, a pressa não é exatamente uma prioridade.
"Não há um prazo estabelecido", jogou lá Motta, deixando claro que estamos falando de um assunto que exige cautela, calma e – por que não? – uma boa dose de cálculo político. Afinal, mexer com anistia é mexer com fantasmas do passado e expectativas do futuro, tudo ao mesmo tempo.
É daquelas situações em que todo mundo tem uma opinião fervorosa, mas ninguém quer ser o primeiro a dar o palpite em voz alta. O clima é de espera observadora.
O Que Isso Tudo Significa na Prática?
- Definição Zero: A mesa diretora ainda não traçou a rota para essa jornada. O GPS político ainda está calculando.
- Fase de Soundcheck: O momento é de afinar o instrumento, ouvir os músicos e ver qual música tocar. Traduzindo: consultar líderes partidários, especialistas e quem mais importa.
- Sem Correria: Esqueça prazos curtos. A análise deve levar o tempo que for necessário, o que, em linguagem política, pode significar... bem, um bom tempo.
No fim das contas, a impressão que fica é a de um jogo de xadrez onde as peças ainda estão sendo escolhidas. Lira, na posição de grande mestre, ainda está decidindo qual será a primeira jogada – ou se vai mesmo fazer alguma.
Enquanto isso, o placar segue indefinido. E o Congresso, como sempre, respira ao seu próprio ritmo – lento, calculista e, muitas vezes, imprevisível. Fica a pergunta no ar: quando é que esse debate vai realmente esquentar? Só o tempo – e a vontade política – dirão.