O clima no Supremo Tribunal Federal (STF) não estava nada amistoso quando Cid Gomes começou a prestar seu depoimento. Logo de cara, o ministro Alexandre de Moraes — conhecido por não ter papas na língua — partiu pra cima do advogado de defesa. E não foi com meias palavras.
"Isso aqui não é circo", disparou Moraes, cortando o ar com um tom que deixou claro: brincadeira tinha acabado. O advogado, é claro, tentou rebater. Mas o ministro não deu mole — "Ou o senhor se cala, ou eu encerro esta audiência agora". Dá pra imaginar o silêncio que se seguiu.
O que estava em jogo?
No centro da questão, aquela velha história que todo brasileiro já cansou de ouvir: supostos desvios em contratos públicos durante a gestão de Cid no Ceará. Só que, desta vez, o bicho pegou de verdade. O ex-governador — hoje senador — negou tudo, é claro. Mas as perguntas do ministro foram diretas, incisivas, do tipo que faz suar até quem não tem nada a esconder.
E não pense que foi só um bate-boca qualquer. Esse depoimento pode definir os próximos capítulos da operação que investiga o caso. O problema? Algumas respostas de Cid foram... digamos, evasivas. "Não me recordo" apareceu tantas vezes que até os estagiários na plateia perderam as contas.
E agora?
Com o jeitão de quem não vai levar desaforo pra casa, Moraes deixou claro que a paciência tem limite. "Ou colabora, ou as consequências serão graves", avisou, enquanto mexia nos papéis com aquele ar de quem segurava um trunfo na manga.
Enquanto isso, nas redes sociais, o povão já dividia opiniões. De um lado, os que acham que "tudo isso é perseguição política". Do outro, quem comemora: "Finalmente tão botando o dedo na ferida". E você, em qual time está?
Uma coisa é certa: esse capítulo longe de acabar. E pelo jeito que as coisas estão, pode esperar por mais cenas fortes nos próximos dias. O STF, afinal, nunca decepciona quem gosta de um bom drama político.
