
Eis que a bola está com o ministro Alexandre de Moraes. Nesta quarta-feira (23), o magistrado do Supremo Tribunal Federal pode finalmente bater o martelo sobre as respostas — ou a falta delas — dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro acerca do descumprimento de medidas judiciais. E olha, não vai ser um jogo de cintura.
O placar está aberto: de um lado, um político que insiste em jogar no limite; do outro, um ministro que já mostrou que não tem papas na língua quando o assunto é fazer valer as decisões da corte. Será que dessa vez a corda vai arrebentar?
O que está em jogo?
Pra quem tá por fora do rolo, a história é mais ou menos assim:
- Bolsonaro foi intimado a prestar esclarecimentos sobre supostas violações a ordens judiciais
- O prazo estourou e as respostas — segundo fontes próximas ao caso — deixaram a desejar
- Agora Moraes tem três caminhos: arquivar, pedir complementação ou... tomar medidas mais duras
E aqui entra o pulo do gato. Se o ministro considerar que houve má-fé ou desrespeito deliberado, a coisa pode pegar fogo. Estamos falando de possíveis multas pesadas ou até — segura a respiração — abertura de novo inquérito.
O clima nos bastidores
Nos corredores do STF, o clima é de expectativa contida. Alguns ministros já demonstraram cansaço com o que chamam de "teatro judicial". Outros acreditam que é hora de traçar uma linha no chão — afinal, decisão judicial não é sugestão, né?
Já na ala bolsonarista, o discurso é de perseguição política. "Tudo armação", dizem os mais fiéis. Mas será mesmo? A verdade é que o ex-presidente anda pisando em ovos desde aquela trapalhada toda com as urnas eletrônicas.
Uma coisa é certa: o Brasil não sai ileso dessa novela. Se Moraes apertar o cerco, pode acender um pavio que ninguém sabe onde vai explodir. Se der mole, corre o risco de passar mensagem errada sobre o peso das instituições.
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera já está dividida entre #MoraesTemRazão e #BolsonaroLivre. Mas política não se decide no Twitter — pelo menos não ainda.