
Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu dar uma segurada no processo que envolve a antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal. De novo. A ação, que investiga supostas omissões durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, foi retirada da pauta da Primeira Turma nesta quarta-feira (7) — e ninguém sabe ao certo quando voltará a ser discutida.
Não é a primeira vez que isso acontece. O caso já foi adiado outras vezes, e dessa vez a justificativa foi a ausência do ministro Cristiano Zanin. Sem ele, não teria como formar quórum. Conveniente, não?
O que está em jogo?
Os ex-comandantes da PM-DF, coronéis Klepter Rosa Gonçalves e Fábio Augusto Vieira, estão na mira da Justiça. A suspeita? Que tenham sido coniventes — ou pior, negligentes — durante as invasões aos prédios do poder em Brasília. A defesa deles, claro, nega tudo e diz que agiram dentro da lei.
Mas aí vem a pergunta que não quer calar: por que tanto adiamento? Será estratégia processual, falta de prioridade ou algo mais complexo? O fato é que, enquanto isso, a tensão política só aumenta.
Repercussão imediata
Não demorou para que o adiamento virasse combustível para debates acalorados. De um lado, críticos do governo veem manobra para proteger aliados. Do outro, defensores alegam que a Justiça precisa de tempo para apurar tudo com rigor.
E você, o que acha? Será que estamos diante de um jogo de xadrez jurídico ou apenas de uma burocracia natural do sistema?
Enquanto isso, Brasília segue no centro do furacão político. A cidade, que já virou símbolo da crise institucional, agora aguarda — mais uma vez — o desfecho desse capítulo turbulento.