
Parece que a política catarinense está começando a desenhar seu futuro — e o quadro é bastante claro, pelo menos por enquanto. A mais recente pesquisa Ibope, encomendada pelo gigante da comunicação NSC e divulgada nesta quarta-feira (4), joga luz sobre a corrida ao Palácio Rio Negro, e os números não mentem: Jorginho Mello, do PL, não está apenas na frente. Ele está dominando a disputa.
E não é pouco. Em um cenário de primeiro turno com cinco nomes, o atual deputado federal alcança impressionantes 36% das intenções de voto. Uma vantagem que, convenhamos, não é simples de ignorar. Logo atrás — mas bem atrás — vem Deonisio, do PSDB, com 16%, e Esperidião Amin, do PP, com 9%. Fecham a lista Carlos Chiodini (MDB) com 4% e Kennedy Nunes (PSD) com 2%.
Ah, e os indecisos? Bom, 28% do eleitorado ainda não se convenceu totalmente. Mas a margem de Mello é tão confortável que até assusta um pouco.
E se o cenário mudar?
Pois é. E se a disputa apertar? O Ibope foi lá e testou outras possibilidades. Num segundo cenário, sem a presença de Chiodini e Nunes, a história se repete — Jorginho mantém a dianteira com 37%, seguido por Deonisio (18%) e Amin (10%). A distância se mantém sólida, firme, quase como uma declaração de força.
Mas tem mais. Quando a pesquisa pergunta sobre rejeição, quem sai mais queimado é Esperidião Amin, com 31% dos entrevistados afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Jorginho, por outro lado, tem rejeição de 19%, menor que a de Deonisio (23%). Um sinal de que, além de ser o preferido, ele também é menos rejeitado. Já pensou?
E no segundo turno?
Aqui a coisa fica ainda mais interessante. Em todos os possíveis duelos, Jorginho Mello leva a melhor. Contra Deonisio, vence por 44% a 30%. Na frente de Amin, a vantagem é ainda maior: 47% a 25%. Até contra Chiodini, que aparece com números menores, Mello venceria por 44% a 22%.
Não é pouco. É um verdadeiro show de força eleitoral.
A pesquisa ouviu 1002 pessoas entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, pra mais ou pra menos, e o nível de confiança é de 95%. Ou seja: os números são sérios. Refletem, pelo menos por agora, a vontade de um eleitorado que parece estar se encontrando num nome.
Claro, ainda estamos longe de 2026 — muita água pode rolar debaixo dessa ponte. Mas uma coisa é certa: Jorginho Mello sai na frente, e com folga. O resto? O resto a gente aguarda.