
Eis que o tema da anistia fiscal volta à baila em Brasília, mas com mais dúvidas do que certezas. Carlos Jordy, um dos nomes fortes do governo na Câmara, soltou o verbo nesta quarta-feira e deixou claro: o governador paulista Tarcísio de Freitas topa conversar sobre a tal da anistia — mas, calma lá, isso não significa nada oficial.
Numa entrevista que mais parecia um jogo de tabuleiro político, Jordy foi enfático ao dizer que não existe nenhuma posição fechada sobre o assunto. Ele mesmo admitiu que a conversa ainda está no campo das ideias. “O governador tem interesse, sim, mas isso não quer dizer que vamos sair concedendo perdão a dívidas assim, de supetão”, disparou.
E não para por aí. O líder governista ainda soltou uma que deixou todo mundo de orelha em pé: “A gente precisa entender primeiro que tipo de anistia seria essa”. Ou seja, tá tudo no campo da especulação — e olhe lá.
E a reforma tributária?
Ah, sim, a reforma tributária… aquela velha conhecida de todo mundo que paga imposto. Jordy também deu seu palpite: pra ele, aprovar a reforma é prioridade absoluta. Mas não vai ser moleza não. Ele mesmo já avisou que o Congresso tá cheio de opiniões diferentes — e convencer todo mundo vai ser um parto.
E tem mais: ele acredita que, se a anistia vier mesmo a ser proposta, ela tem que vir amarradinha com a reforma. Do contrário, pode virar uma bagunça generalizada. Alguém duvida?
No fim das contas, a entrevista de Jordy deixou claro que o governo ainda está tateando no escuro. Tarcísio pode até achar a proposta interessante, mas até agora é só isso: uma possibilidade. Nada de documento, nada de proposta formal, nada de data marcada.
E aí, será que vai pra frente? Só o tempo — e a vontade política — vão dizer.