Câmara resiste à pressão bolsonarista: anistia em troca do fim do tarifaço gera tensão
Câmara resiste à pressão por anistia em troca do fim do tarifaço

O plenário da Câmara virou um verdadeiro campo de batalha nesta quarta-feira. De um lado, a turma do "quanto pior, melhor" — como alguns deputados já apelidaram os bolsonaristas mais radicais — tentando empurrar goela abaixo uma anistia pra galera que se meteu em confusão nos atos golpistas de 8 de janeiro. Do outro, uma resistência que surpreende até os mais cínicos: parte do centrão tá dando o troco.

E o que eles querem em troca? Nada menos que o fim do tarifaço — aquele aumento absurdo nas contas de luz que tá deixando meio Brasil no sufoco. Parece até roteiro de novela das nove, mas é a nossa política real, com direito a gritaria e ameaças veladas nos corredores.

O jogo de xadrez político

Os apoiadores do ex-presidente estão usando todas as cartas na manga — inclusive aquela velha tática do "ou aceita ou a casa cai". Só que dessa vez, a coisa tá diferente. Até aliados tradicionais do bolsonarismo estão com um pé atrás. Será que o preço político tá ficando alto demais?

Entre um cafezinho e outro, os deputados mais experientes sussurram nos ouvidos dos novatos: "Cuidado com o que desejam". A memória do STF não é tão curta quanto alguns imaginam, e a opinião pública — aquela que decide eleições — tá de olho.

E o povo nisso tudo?

Enquanto os figurões discutem quem sai ganhando nesse cabo de guerra, João e Maria continuam pagando contas que não param de subir. O brasileiro médio, aquele que trabalha de sol a sol, tá pouco se lixando pra joguinhos políticos. Querem só saber se vão conseguir pagar as contas no fim do mês.

Alguns especialistas — aqueles que ainda se arriscam a dar palpites — acham que essa novela pode terminar num daqueles acordos de bastidor, daqueles que ninguém entende direito mas todo mundo finge que tá tudo bem. Outros apostam que a Casa vai segurar as pontas, mesmo com a pressão.

Uma coisa é certa: o clima em Brasília tá mais pesado do que arroz de festa de pobre. E o pior? Quem sempre se ferra no final somos nós, meros mortais que só queremos viver em paz.