
Não é todo dia que se vê um ex-presidente na mira da Justiça. Mas quando acontece, o circo pega fogo — e todo mundo vira palhaço. Os advogados de Jair Bolsonaro estão dando murro em ponta de faca tentando convencer o ministro Alexandre de Moraes a rever a decisão que mandou o ex-mandatário para a cadeia. E olha que não é por falta de criatividade nos argumentos.
Ontem mesmo, a defesa soltou mais um Hail Mary pass jurídico — aquela jogada desesperada do futebol americano que raramente funciona. Desta vez, alegaram que a prisão seria "desproporcional" e que o ex-presidente não representa "risco à ordem pública". Moraes, até agora, continua com a expressão de quem ouve barulho de vento.
O xadrez político por trás dos recursos
O que pouca gente percebe é que esses apelos não são só sobre direito. São peças num tabuleiro muito maior:
- Timing político: 2026 não está tão longe assim
- O efeito mártir — porque nada vende melhor que perseguição
- A guerra narrativa nas redes sociais (onde o gado é mais bravo)
Um jurista que preferiu não se identificar me disse, entre um gole de café e outro: "Isso aqui já virou teatro. Todo mundo sabe que Moraes não vai voltar atrás, mas a defesa precisa mostrar serviço pros fiéis seguidores".
E os aliados? Sumidos como boi na neblina
O mais curioso é ver como os supostos aliados de peso estão se esquivando como gato de chinelo molhado. Nenhum governador importante, nenhum senador com capital político — só os de sempre, aqueles que já estão queimados mesmo.
Até o centrão, sempre tão flexível em suas convicções, está mantendo distância segura. Como dizia meu avô: "Quando a casa pega fogo, até rato vira atleta".
Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas segue mais quente que churrasco de domingo. De um lado, os "mitistas" falando em ditadura judicial. Do outro, os "petralhas" comemorando como se fosse final de Copa. E no meio? O Brasil real, tentando entender se isso vai afetar o preço do feijão.