
Eis que o placar da política brasileira esquenta num jogo de poder que nem o mais criativo roteirista de Hollywood ousaria imaginar. Enquanto os ministros do Supremo se debruçam sobre processos da tal trama golpista — aquela que botou fogo nas instituições —, o Congresso resolve acelerar o passo numa direção que deixou meio mundo de queixo caído.
Sim, meus caros, a pauta da anistia aos condenados pelas barbaridades de 8 de janeiro ganhou fôlego repentino. E olha que o timing não poderia ser mais… digamos, estratégico.
O que está rolando no Congresso?
A Câmara dos Deputados, numa manobra que pegou muitos de surpresa, aprovou urgência para o projeto que pretende perdoar quem foi condenado pelos ataques aos Três Poderes. A proposta agora segue direto para o plenário, sem passar pelas comissões — porque, né, quando se trata de polêmica, por que perder tempo?
Do outro lado, o Senado também entrou na dança. Lá, a ideia é ainda mais abrangente: anistiar não só os condenados criminalmente, mas também aqueles que levaram suspensões administrativas. Um “perdão geral” que, convenhamos, não agrada todo mundo.
E o STF nessa história?
Ah, o Supremo! Enquanto isso, na corte máxima do país, os ministros analisam — com uma calma quase irritante — ações que investigam supostos crimes de responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sim, o mesmo que sumiu do mapa depois que a poeira baixou.
E não para por aí. O tribunal também julga pedidos de soltura de aliados do ex-mandatário que estão detidos por… adivinhem? Participação na tal trama golpista.
Reações? Ah, não faltam!
De um lado, os defensores da anistia argumentam que o país precisa virar a página. Que é hora de reconciliar, seguir em frente. “Não podemos ficar remoendo o passado”, dizem — como se invasão, depredação e tentativa de golpe fossem apenas um desentendimento familiar.
Do outro, vozes — muitas delas da sociedade civil e de juristas — alertam: anistiar agora é recompensar a barbárie. É mandar a mensagem errada para quem acha que quebrar tudo não dá em nada.
E no meio disso tudo, o governo Lula assiste à cena com um misto de preocupação e frustração. Porque, convenhamos, não deve ser fácil administrar um país onde uns querem prender, outros querem soltar, e outros ainda querem simplesmente esquecer.
E agora?
Bom, o certo é que nada está certo. O Congresso avança, o STF delibera, e o Brasil… ah, o Brasil segue naquele suspense político que já virou tradição.
Restam dúvidas? Várias. Vai dar em algo? Quem sabe. Mas uma coisa é clara: o tema não vai esfriar tão cedo. Então é melhor ir pegando a pipoca — porque o espetáculo, pelo visto, só está começando.