Alcolumbre Desabafa: Oposição Usa Judiciário como Palanque e Paralisa o Congresso
Alcolumbre critica oposição por foco no Judiciário

Numa fala que ecoou pelos corredores do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) soltou o verbo nesta quarta-feira (17). A queixa? A estratégia da oposição, que ele acusa de estar mais interessada em criar circo em torno de debates do Judiciário do que, de fato, trabalhar.

E não foi um desabafo qualquer. Foi um misto de frustração e alerta. "Está impossível", disparou o parlamentar, referindo-se ao clima de paralisia que ameaça engolir a pauta legislativa. A tática de obstrução, segundo ele, está tendo um custo alto: o congelamento de matérias urgentes que o Brasil precisa ver aprovadas.

O Cerne da Questão: A Batalha pelo Poder

O que está por trás disso tudo? Bem, é puro jogo de poder. A oposição, claro, nega veementemente as acusações. Eles argumentam que estão apenas usando as ferramentas democráticas à disposição para fiscalizar – um direito fundamental, diga-se de passagem.

Mas Alcolumbre vê uma motivação diferente. Ele enxerga uma manobra calculada para desgastar o governo, um esforço para travar a máquina e criar uma narrativa de crise institucional. E o pior? Parece estar funcionando. A máquina legislativa, que já não é das mais ágeis, está rangendo de modo preocupante.

O Preço da Paralisia: O Que Fica Pra Trás

E aí que mora o verdadeiro perigo. Enquanto a briga pelo holofote judicial segue, projetos que impactam diretamente a vida do cidadão comum ficam mofando na gaveta. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do novo regime fiscal? Travada. A discussão crucial sobre o Orçamento do próximo ano? Empacada.

São discussões chatas, eu sei. Mas são elas que definem para onde o dinheiro dos nossos impostos vai e como o país planeja o seu futuro. É o pão nosso de cada dia da administração pública sendo negligenciado em prol de uma guerra de narrativas.

Alcolumbre, com a experiência de quem já presidiu a Casa, fez um apelo quase dramático por pragmatismo. Ele pede que seus colegas lembrem-se do seu verdadeiro papel: legislar. "Precisamos votar matérias", insistiu, destacando que a função do Congresso é produzir, e não apenas discutir.

Um Alerta Solene para o Futuro

O tom do senador não era de raiva, mas de uma preocupação genuína – daquelas que só quem já viu a banda passar muitas vezes consegue ter. É o medo de que o curto-prazismo eleitoreiro e a sede por conflito sufoquem qualquer chance de progresso real.

No fim das contas, o recado de Alcolumbre é um só: política se faz com votos e leis, não apenas com press releases e manchetes. O tempo dirá se alguém estava ouvindo.