
O céu do Paraná ficou mais pesado nesta quinta-feira. Um daqueles dias que começam normais e terminam com uma notícia que congela o sangue. Um avião monomotor, um Cessna 210 que parecia desafiar as nuvens há anos, simplesmente caiu. Sim, despencou do céu numa área rural de São Miguel do Iguaçu, e o silêncio que se seguiu foi devastador.
Três vidas se foram num piscar de olhos. Três histórias interrompidas de forma brutal e inesperada. Entre elas, a de Edson Rosa, um cantor e compositor que carregava nas cordas da viola e na voz as tradições da música sertaneja raiz. O homem tinha 62 anos, uma vida pela frente, e um talento que agora vira memória.
Não foi só ele. Na aeronave estavam também o piloto, Adir José Possamai, de 59 anos, e mais um passageiro, Ivonei Antônio Frigo, de 51. Gente como a gente, que acordou, tomou café e não imaginava que aquele seria o último dia. O que será que passou pela cabeça deles nos últimos segundos? A gente nunca vai saber.
O que se sabe até agora sobre o acidente
O tal Cessna 210 decolou de uma pista privativa em São Miguel do Iguaçu, coisa de quem tá acostumado a voar, sabe? Mas algo deu errado. Horas depois, perto das 16h, a queda foi reportada. Testemunhas ouviram o barulho, viram a fumaça e correram. Mas não havia o que fazer—só restava chamar as autoridades.
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, assim como a Polícia Civil. Eles isolaram a área, mas a cena era de partir o coração: destroços espalhados, pedaços de metal retorcido, e três corpos que não resistiram ao impacto. Nada de sobreviventes. Só tristeza e perguntas sem resposta.
Quem era Edson Rosa?
Edson não era famoso nacionalmente, mas era uma figura querida na região. Um artista de mão cheia, daqueles que animava festas, cantava nas rádios locais e vivia a música com uma paixão contagiante. Sua morte não é só uma estatística—é uma perda real para a cultura local. Quem o conhecia diz que ele tinha um sorriso fácil e um coração enorme.
E agora? A Polícia Civil vai investigar as causas do acidente. Será que foi falha mecânica? Condições do tempo? Erro humano? Ainda é cedo para dizer. O que importa, no fim das contas, é que três famílias estão de luto. E a comunidade, em choque.
Acidentes aéreos assim são um daqueles lemretes cruéis de como a vida é frágil. Um dia você tá aqui, no outro, não está. E o que fica é a música que não será mais cantada, as histórias que não serão mais contadas, e o vazio que a tragédia deixa pra trás.