Numa daquelas declarações que fazem o mundo parar para olhar — e depois se perguntar se ouviu direito —, Donald Trump soltou uma bomba política. O ex-presidente americano, sempre polêmico, sugeriu que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, deveria simplesmente entregar parte do território ucraniano à Rússia. Tudo isso, claro, para encerrar o conflito que já dura anos.
"Às vezes você precisa perder um pouco para ganhar muito", disse Trump, com aquela cara de quem acabou de inventar a pólvora. Mas será que é tão simples assim? A comunidade internacional, como era de se esperar, não parece muito convencida.
O que exatamente Trump propôs?
Em conversas recentes — dessas que vazam como água entre os dedos —, o republicano teria dito que a Ucrânia poderia ceder "terras que já estão sob controle russo". A ideia, segundo ele, seria evitar mais mortes e destruição. Mas os especialistas em geopolítica já estão com os cabelos em pé.
- Crimeia: anexada pela Rússia em 2014
- Donbas: região em disputa desde 2014
- Outras áreas ocupadas desde 2022
O problema? Isso soa como recompensar a agressão — algo que, convenhamos, não costuma dar certo nas relações internacionais. "É como dar o celular pro assaltante e esperar que ele não volte amanhã", comentou um analista sob condição de anonimato.
E a reação da Ucrânia?
Zelensky ainda não se manifestou diretamente sobre as declarações de Trump, mas a posição ucraniana tem sido clara: nenhum centímetro de território. Afinal, quem gostaria de entregar pedaços do seu país depois de tanto sangue derramado?
"É fácil falar quando não é o seu povo sendo deslocado", resmungou uma fonte próxima ao governo ucraniano, num tom que deixava claro o descontentamento.
O jogo político por trás da proposta
Trump, que está novamente na corrida presidencial americana, parece estar jogando para sua base eleitoral. Muitos conservadores nos EUA estão cansados do apoio financeiro e militar à Ucrânia — e ele sabe disso.
- Reduzir gastos militares
- Mostrar "soluções práticas"
- Diferenciar-se de Biden
Mas será que essa estratégia vai colar? A história nos ensina que concessões territoriais raramente trazem paz duradoura — só perguntar à Chechênia ou à Geórgia. "Paz às custas da soberania alheia não é paz, é rendição", disparou um professor de relações internacionais.
Enquanto isso, o mundo assiste. E se pergunta: até onde vai a próxima provocação do magnata americano? Uma coisa é certa — ele continua sendo o mestre em manter todos de olho nele.