Numa reviravolta que deixou até os analistas mais experientes de boca aberta, Donald Trump soltou o verbo sobre o conflito entre Ucrânia e Rússia. O ex-presidente americano — sempre ele, não é mesmo? — deu uma sugestão no mínimo controversa ao presidente Volodymyr Zelensky: entregar pedaços do país para Moscou em troca do fim da guerra.
"Eles são uma potência nuclear, vocês não", teria dito Trump, segundo fontes próximas ao governo ucraniano. Frase que, convenhamos, não é exatamente o que se espera de um possível futuro líder da Casa Branca.
O jogo de xadrez geopolítico
Enquanto isso, em Kiev, o clima é de perplexidade. Zelensky — que já enfrentou tanques, mísseis e até geladeiras caindo do céu — parece ter encontrado um adversário inesperado: a realpolitik trumpiana. O ucraniano, que virou símbolo global de resistência, agora precisa equilibrar-se entre:
- Apoio ocidental (cada vez mais hesitante)
- Pressão russa (cada vez mais brutal)
- E agora... os conselhos nada sutis de Trump
Não é moleza. Principalmente quando se lembra que, em 2022, o mesmo Trump chamava Putin de "gênio" pela invasão. Coerência? Nunca ouviu falar.
O que está por trás da proposta?
Analistas arriscam alguns palpites:
- Eleições americanas: Trump precisaria mostrar "soluções rápidas" se voltar ao poder
- Fadiga de guerra: O Ocidente está cansado de bancar a Ucrânia
- Xeque-mate diplomático: Rússia ganharia sem precisar vencer no campo de batalha
Mas tem um detalhe: ucranianos comuns — aqueles que perderam casas, familiares, membros — dificilmente aceitariam virar "moeda de troca". "É como pedir para um sobrevivente de assalto dar a carteira pro ladrão", comentou um morador de Kharkiv, sob bombardeios.
Enquanto isso, no front, as coisas seguem como sempre: sangue, lama e política. Muita política. Resta saber se Zelensky vai ceder ao pragmatismo ou manter a postura que o tornou herói global. Uma coisa é certa — em guerra, como no poker, às vezes todas as opções são ruins.