
O governo russo voltou a afirmar que só assinará um acordo de paz com a Ucrânia se o país realizar eleições presidenciais. A exigência foi reiterada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, durante uma coletiva de imprensa.
Segundo Lavrov, a Rússia não reconhece a legitimidade do atual governo ucraniano e insiste que novas eleições são necessárias para estabelecer um diálogo efetivo. "Sem um governo legitimado pelo voto popular, não há base para negociações", declarou.
Contexto do Conflito
A guerra entre Rússia e Ucrânia completa mais de dois anos, com milhares de vítimas e um cenário geopolítico cada vez mais complexo. A Ucrânia, apoiada por potências ocidentais, resiste às investidas russas, enquanto Moscou alega estar defendendo interesses estratégicos e a população russófona no leste do país.
Reação Ucraniana
O governo ucraniano, liderado por Volodymyr Zelensky, rejeitou a exigência russa, classificando-a como "mais uma manobra para desestabilizar o país". Zelensky afirmou que a Ucrânia só realizará eleições quando as condições de segurança forem garantidas e o território nacional estiver livre de ocupação russa.
Implicações Internacionais
Analistas apontam que a exigência russa pode ser uma estratégia para ganhar tempo ou dividir a opinião pública ucraniana. Enquanto isso, a OTAN e a União Europeia reforçam seu apoio a Kiev, com envio de armamentos e sanções econômicas à Rússia.
O impasse prolongado tende a agravar a crise humanitária na região, com milhões de refugiados e infraestruturas destruídas. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos do conflito.