
Não foi exatamente uma recepção de gala. Longe disso. Enquanto Donald Trump desembarcava no Reino Unido para uma daquelas visitas de estado cheias de pompa e circunstância, algo fervia nas ruas de Londres – e não era o chá das cinco.
Uma maré humana, estimada em dezenas de milhares, tomou conta da capital britânica. Eles não estavam lá com bandeirinhas. Estavam com cartazes afiados, gritos de guerra e uma raiva palpável no ar gelado. O motivo? Bem, o motivo era o próprio presidente americano.
O Gigante Inflável que Roubou a Cena
Ah, e não podemos esquecer do elefante na sala – ou melhor, do baby no céu. Um balão gigante, uma caricatura grotesca de Trump vestindo apenas uma fralda e com um celular na mão, pairou sobre Londres. Os organizadores chamaram a coisa de "Trump Baby". A prefeitura, pasmem, deu permissão. Que humor britânico, não?
Mas era mais do que uma piada. Era um símbolo. Um daqueles momentos em que o protesto vira pop art. Enquanto o balão flutuava, lá embaixo a multidão fervia. Gritos de "No Trump! No KKK! No fascist USA!" ecoavam entre os prédios históricos. Uma mistura potente de indignação política e puro teatro de rua.
Um Encontro Não Tão Real
Enquanto a cidade fervilhava, Trump tentou manter a pose. Encontrou-se com a primeira-ministra Theresa May – um almoço de trabalho que, convenhamos, devia ter um gosto amargo com o barulho das ruas ao fundo. Depois, um chá com a rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor. Imaginem a cena: a tradição milenar britânica recebendo o homem que virou o mundo político de cabeça para baixo.
Mas cá entre nós, duvido que os assuntos fossem apenas protocolares. Como ignorar o elefante – ou o bebê – na sala?
O Sentimento que Transbordou
Não foi só em Londres, sabiam? Protestos pipocaram em outras cidades também. Glasgow, por exemplo, viu suas ruas tomadas por uma energia similar. Parecia que o Reino Unido inteiro respirava um ar de repúdio. Uma rejeição visceral às políticas de imigração, ao jeito agressivo de fazer política, ao que muitos veem como uma ameaça aos valores democráticos.
E olha, não era só a esquerda radical não. Tinha gente de todo tipo, de todo espectro. Até conservadores descontentes se misturavam à multidão. Trump, como sempre, conseguiu unir todo mundo – mas contra ele.
Foi um daqueles dias em que a política sai dos palácios e invade o asfalto. Um lembrete barulhento de que, por mais poder que um líder tenha, o povo nas ruas ainda tem uma voz. E, caramba, que voz!