
Eis que o mundo gira e as surpresas geopolíticas não param de surgir. Numa daquelas reviravoltas que deixam analistas econômicos coçando a cabeça, Vladimir Putin — sim, o próprio — saiu em defesa do equilíbrio comercial entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente russo, durante encontro com Lula em Moscou nesta quarta-feira, simplesmente desmontou a ideia de que haveria algum desequilíbrio significativo nas transações entre brasileiros e norte-americanos. Quem diria, hein?
Os Números que Surpreendem
Putin trouxe dados concretos à mesa — coisa rara nesses tempos de achismos. Mostrou que o volume comercial bilateral beira os impressionantes US$ 70 bilhões. Não é pouca coisa, convenhamos.
"Não vejo desproporção alguma", afirmou o líder russo, com aquela calma característica que tanto intriga o Ocidente. "Os números falam por si só: o comércio segue fluxos naturais, orgânicos."
O Contexto que Muita Gente Ignora
O que pouca gente percebe é que essa declaração não vem do nada. O Brasil, sobretudo depois da retomada das relações com Washington, tem buscado — com notável sucesso, diga-se — diversificar seus parceiros econômicos.
Não se trata de escolher lados, mas de pragmatismo puro. Algo que Lula, velho raposa da política internacional, compreende como poucos.
As Implicações que Ninguém Está Comentando
Aqui mora o verdadeiro interesse da coisa: quando um líder como Putin — tradicionalmente crítico da hegemonia americana — reconhece a normalidade das relações comerciais Brasil-EUA, isso diz muito sobre a posição brasileira no tabuleiro global.
Parece que o Brasil finalmente aprendeu a jogar xadrez geopolítico enquanto outros ainda brincam de damas.
E tem mais: essa fala ocorre num momento delicadíssimo das relações internacionais, com tensões Leste-Oeste ainda latentes. Coincidência? Difícil acreditar.
O que Fica dessa Encrenca Toda?
No fim das contas, a declaração de Putin serve como um interessante termômetro. Mostra que o Brasil — pasmem — conseguiu manter relações civilizadas com praticamente todo mundo, algo raríssimo nos dias de hoje.
Enquanto algumas nações se fecham em blocos cada vez mais estanques, o Brasil navega com surpreendente agilidade entre diferentes correntes. Algo entre a audácia e a sabedoria, quem sabe.
Resta saber como Washington receberá essas palavras vindas de Moscou. Mas isso — caro leitor — é conversa para outro dia.