
Olha, a coisa tá ficando séria – e não é pouco. Quando o assunto são as relações entre Brasil e Estados Unidos, o clima parece aqueles dias de verão em São Paulo: pesado, abafado, com prenúncio de tempestade.
Alexandre Padilha, sabe como é, aquele ex-ministro da Saúde que hoje ocupa uma cadeira importante no governo Lula, soltou o verbo sobre uma possibilidade que tá dando frio na espinha de muita gente: sanções americanas contra o Brasil.
«Absurdo total», disparou ele, sem rodeios. Mas – e sempre tem um mas – o homem é pragmático. «A saída não é brigar, é conversar. Sempre foi.»
O xis da questão
O cerne dessa treta toda? Diferenças de opinião. E não são sobre futebol ou receita de pão de queijo. São visões de mundo que colidem em temas espinhosos: guerra, paz, comércio, meio ambiente... a lista não é curta.
Os Estados Unidos, claro, têm seu jeito particular de ver as coisas. E quando outros países não alinham perfeitamente, bem... a histórica política do big stick (traduzindo: porrete) às vezes aparece no horizonte.
Por que a via diplomática é o único jogo racional?
Padilha, que conhece os bastidores do poder como poucos, argumenta com a convicção de quem já sentou à mesa de negociações complexas. Impingir sanções, na visão dele, seria um tiro pela culatra. Um erro estratégico de proporções... bem, grandinhas.
- Prejuízo mútuo: Numa economia global, ninguém sai ileso. É quebradeira para todos.
- Fechamento de portas: Você corta o diálogo e, daí, como resolve outros problemas?
- Sinal de fraqueza: Às vezes, mostrar disposição para conversar exige mais coragem que bater o pé.
Não é sobre ser bonzinho ou fraco. É puro cálculo de interesses. O Brasil não é mais aquele país secundário da política global. Tem peso, tem recursos, tem voz. Ignorar isso é, no mínimo, uma miopia geopolítica das grandes.
O recado de Padilha, no fundo, é um só: vamos todos respirar fundo e agir como adultos. O caminho é longo, cheio de idas e vindas – a diplomacia é assim mesmo, uma dança lenta. Mas é o único jogo em town.