
Num discurso que deixou muitos de boca aberta — e outros de sobrancelha franzida —, Benjamin Netanyahu jogou a real sobre os planos de Israel para Gaza. A anexação? Nem pensar. Mas segurar as rédeas? Ah, isso vai rolar.
O premiê israelense, sempre polêmico, deixou claro que o território palestino não será engolido pelo mapa israelense. "Não é nosso objetivo", soltou, num tom que quase soou desinteressado — se não fosse pelo que veio depois.
O pulo do gato
Eis que surge a jogada de mestre: um novo órgão, criado por Israel, para governar Gaza no pós-guerra. Algo entre um administrador colonial e um síndico de prédio problemático. Detalhes? Poucos. Mas a mensagem foi cristalina: quem manda ali, no fim das contas, continuará sendo Tel Aviv.
Analistas já especulam nos bastidores: seria uma forma de manter controle sem arcar com os ônus de anexação? Afinal, Gaza não é exatamente um presente de grego — problemas humanitários, crises econômicas e aquela fama de barril de pólvora.
Reações em cadeia
Do outro lado, a Autoridade Palestina já torceu o nariz. Chamaram de "ocupação disfarçada", porque no fundo, né? A comunidade internacional também não parece muito convencida — alguns diplomatas cochicham sobre "soluções criativas" que mais parecem gambiarras geopolíticas.
Enquanto isso, na Faixa de Gaza, a população respira aliviada por não virar oficialmente israelense... mas fica a dúvida: será que trocaram seis por meia dúzia?
Uma coisa é certa: Netanyahu, sempre o mestre do "nem tanto ao mar, nem tanto à terra", acaba de adicionar mais um capítulo nessa novela que já dura décadas. E o próximo episódio promete — como sempre — mais confusão que final feliz.