Nepal em Chamas: Protestos Violentos Contra Censura na Internet Deixam Mortos e Feridos
Nepal: protestos contra bloqueio de redes sociais deixam mortos

O Nepal mergulhou no caos nesta segunda-feira, e digo caos mesmo — não é exagero. O que começou como protestos pacíficos contra aquele bloqueio absurdo das redes sociais rapidamente escalou para uma cena de guerra urbana que ninguém esperava ver nas ruas de Kathmandu.

Segundo testemunhas — e aqui a gente precisa tomar cuidado com as versões, claro —, a polícia não mediu esforços para dispersar a multidão. E quando digo "não mediu esforços", estou sendo gentil. Gás lacrimogêneo, balas de borracha, cassetetes... o pacote completo de repressão que infelizmente já conhecemos tão bem.

O estopim de uma crise anunciada

Tudo porque o governo decidiu, do nada, cortar o acesso às plataformas digitais. Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp — tudo na blacklist oficial. A justificativa? "Conter notícias falsas". Soa familiar, não?

Mas olha, o povo nepales não engoliu essa. Nem a pau. E quem pode culpá-los? Num mundo conectado, cortar as redes sociais é como amputar pernas — simplesmente não funciona assim.

O saldo trágico dos confrontos

Até onde se sabe — e as informações ainda estão pipocando de forma confusa —, pelo menos três pessoas morreram. Três vidas perdidas por causa de uma tela preta no celular. Parece surreal quando a gente pensa assim, mas é a mais pura realidade.

Dezenas de feridos, alguns em estado grave. Hospitais lotados, médicos correndo, parentes desesperados — aquela cena clássica de quando tudo dá errado.

O silêncio ensurdecedor do governo

E o que dizem as autoridades? Quase nada. Aquele silêncio constrangedor que só piora a situação. Um porta-voz soltou uma nota meia-boca falando em "medidas necessárias para a estabilidade nacional". Estabilidade? Com gente morrendo na rua?

Os protestos, diga-se de passagem, não param. A cada hora, mais gente nas ruas. E a tensão só aumenta — você pode sentir no ar, mesmo estando a milhares de quilômetros de distância.

Repercussão internacional

Organizações de direitos humanos já emitiram comunicados duríssimos. A Anistia Internacional falou em "uso excessivo da força". A ONU pediu "diálogo e moderação". Mas sabemos bem como isso funciona: muito discurso, pouca ação prática.

O que me impressiona — e aqui vou dar minha opinião mesmo — é como esses governos insistem em repetir os mesmos erros. Bloquer a internet nunca deu certo em lugar nenhum. China, Irã, agora Nepal... é sempre a mesma história triste com final previsível.

Enquanto isso, nas ruas de Kathmandu, o cheiro de gás ainda impregna o ar. E as famílias das vítimas choram suas perdas. Tudo porque alguém num escritório com ar-condicionado decidiu que o povo não deveria se comunicar.

Ironia das ironias: a melhor cobertura dos protestos está sendo feita através das próprias redes sociais — através de VPNs e truques tecnológicos que a população aprendeu na marra. Eles cortam, o povo contorna. Sempre foi assim, sempre será.