
O presidente argentino, Javier Milei, voltou a criticar o Mercosul durante um discurso nesta quarta-feira (03/07), classificando o bloco como um "obstáculo" para o desenvolvimento econômico da Argentina. Milei afirmou que o país precisa de "liberdade comercial" e não de "amarras burocráticas".
Em resposta, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a permanência no Mercosul, destacando que o bloco é fundamental para a proteção econômica e política dos países membros. "Estar no Mercosul nos protege. Sozinhos, seríamos mais vulneráveis", afirmou Lula em entrevista coletiva.
Os argumentos de Milei
Milei, conhecido por suas posições liberais radicais, argumentou que o Mercosul limita a capacidade da Argentina de fechar acordos comerciais com outros países. Ele defendeu uma abordagem mais individualista, com negociações diretas entre nações.
- "O Mercosul é uma camisa de força", disse Milei.
- "Precisamos de flexibilidade para crescer."
A defesa de Lula
Lula, por outro lado, enfatizou os benefícios do bloco, como a facilitação do comércio entre os países membros e o fortalecimento da voz da região no cenário internacional. Ele também lembrou que o Mercosul tem sido um escudo contra crises econômicas globais.
"Nenhum país da América do Sul é grande o suficiente para negociar sozinho com potências como China ou Estados Unidos", afirmou Lula. "Juntos, temos mais força."
O futuro do Mercosul
O embate entre os dois líderes reacende o debate sobre o futuro do Mercosul. Enquanto Milei pressiona por mudanças radicais, Lula e outros governantes defendem a manutenção e o aprimoramento do bloco.
A situação promete esquentar ainda mais nas próximas reuniões do Mercosul, onde os países membros terão que encontrar um caminho comum diante das divergências.