
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar publicamente seu homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Em tom direto, Lula afirmou que, se existem problemas no entendimento, a França deveria apresentar propostas concretas para resolver as divergências.
Pressão diplomática em alta
Durante encontro recente, Lula deixou claro que o Brasil e seus parceiros do Mercosul estão prontos para avançar nas negociações, mas esperam contrapartidas claras da UE. "Se tem algum problema, deve fazer proposta", declarou o presidente brasileiro, reforçando sua postura pragmática nas discussões.
Os principais pontos de atrito
- Exigências ambientais da UE consideradas desproporcionais pelo Mercosul
- Preocupações europeias com desmatamento na Amazônia
- Barreiras comerciais a produtos agrícolas sul-americanos
- Protecionismo industrial em ambos os blocos
Analistas políticos destacam que a insistência de Lula reflete uma estratégia de colocar a bola no campo europeu, especialmente da França, que tem sido um dos principais críticos do acordo em sua forma atual.
Impactos econômicos em jogo
O acordo Mercosul-UE, se concluído, criaria uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, com potencial para movimentar bilhões de dólares anualmente. O setor agrícola brasileiro seria um dos principais beneficiados, enquanto empresas europeias de tecnologia e manufaturados ganhariam maior acesso ao mercado sul-americano.
Especialistas em comércio exterior alertam, porém, que o tempo é um fator crítico, com as eleições europeias e mudanças no cenário político global podendo complicar ainda mais as negociações.