Mal os portões se fecharam e os carros pretos desapareceram no horizonte, eis que começa a verdadeira operação. Não, não foi apenas um aperto de mãos e discursos formais. O que aconteceu depois do encontro entre Vladimir Putin e Kim Jong-un é, para muitos, tão intrigante quanto o próprio evento.
Imagine a cena: uma equipe especializada, vestida com trajes que mais parecem saídos de um filme de ficção científica, invade a sala. Eles não estão lá para recolher xícaras de chá vazias ou ajustar as cortinas. A missão? Apagar qualquer vestígio físico, químico ou biológico que os dois líderes possam ter deixado para trás.
É um procedimento padrão, dizem os especialistas em protocolo. Mas convenhamos, nada sobre esse encontro pareceu realmente "padrão". Cada superfície, desde a mesa de reuniões até as maçanetas, foi esfregada, desinfetada e submetida a uma verificação que beira o paranóico. Por quê? Bem, em um mundo de espionagem de alta tecnologia, até um único fio de cabelo ou um fragmento de pele pode ser uma mina de ouro de informações.
O nível de meticulosidade é de arrepiar. E me faz pensar: o que exatamente eles temem que seja encontrado? Ou, quem sabe, o que não querem que o mundo veja? A atmosfera naquele recinto, horas após o término da cúpula, era de uma tensão silenciosa. Nada de conversa fiada. Apenas o som abafado de panos especiais e o sibilo de sprays de limpeza de última geração.
É um jogo de poder que não termina com os discursos. Continua na assepsia, na varredura minuciosa, na garantia de que nada — absolutamente nada — vaze. Um ritual moderno de segurança onde a sujeira invisível é o inimigo número um. E, francamente, é um lembrete bizarro de até que ponto as nações irão para proteger seus segredos no palco global.
No fim das contas, a sala ficou impecável. Estéril. Pronta para a próxima reunião de alto nível. Mas a pergunta que fica ecoando no ar, mais persistente que qualquer cheiro de desinfetante, é: o que havia ali que precisava ser tão urgentemente apagado?
