Kim Jong-un Escolhe Trem para China: Por Que o Líder Norte-Coreano Evita Aviões?
Kim Jong-un: os segredos por trás da viagem de trem à China

Enquanto a maioria dos líderes mundiais voa em jatos luxuosos, Kim Jong-un segue um caminho literalmente diferente — sobre trilhos. E não é por acaso.

O ditador norte-coreano embarcou novamente em seu famoso trem blindado para uma visita à China, desviando completamente dos céus. Mas o que parece ser uma excentricidade tem razões profundas que misturam paranoia, protocolo de segurança e até um pouco de teatro político.

Mais Seguro Que Avião? A Lógica Por Trás dos Trilhos

Você já parou pra pensar por que alguém escolheria passar dias num trem quando poderia chegar em horas? No caso de Kim, a resposta é simples: controle total. Um avião — mesmo um privado — depende de fatores externos: espaço aéreo, autorizações, clima. Já o trem… bem, o trem segue trilhos literalmente previsíveis.

Esse não é qualquer vagão, claro. Relatos indicam que o comboio é praticamente uma fortaleza sobre rodas: blindagem pesada, sistemas de comunicação ultrasseguros e até salas à prova de escutas. Enquanto no ar você está vulnerável, nos trilhos você dita o ritmo.

Herança de Família: O Trem Como Símbolo

Kim Jong-un não inventou essa preferência — herdou-a. Seu avô, Kim Il-sung, e seu pai, Kim Jong-il, também eram conhecidos por sua aversão a viagens aéreas. Dizem que o pai do atual líder tinha tanto medo de flying que só pegava aviões em circunstâncias absolutamente necessárias.

E tem mais: o trem não é só transporte, é propaganda. Sua lentidão calculada transmite uma mensagem de estabilidade e solidez — algo que um voo rápido não consegue.

O Que Essa Escolha Revela Sobre as Relações com a China?

Analistas políticos observam cada movimento — literalmente — de Kim. A escolha pelo trem em vez do avião pode indicar que esta não é uma visita de emergência, mas sim uma viagem planejada com antecipação, possivelmente focada em discussões estratégicas de longo prazo.

Além disso, o percurso terrestre permite paradas discretas e encontros não oficializados que um aeroporto movimentado não permitiria. É a diplomacia da ferrovia em ação.

Enquanto o mundo observa cada desenvolvimento nuclear coreano, às vezes são as escolhas mais terrestres — como o meio de transporte de um ditador — que revelam as jogadas mais interessantes. E Kim Jong-un, pelo visto, prefere manter os pés — e as rodas — firmes no chão.