
O Irã aprovou uma nova legislação que restringe a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado à ONU responsável por monitorar programas nucleares globais. A medida surge em um momento crítico, quando as negociações sobre o acordo nuclear iraniano já enfrentam impasses.
O que diz a nova lei?
A lei, aprovada pelo Parlamento iraniano, reduz significativamente o acesso de inspetores da AIEA a instalações nucleares no país. Entre as principais mudanças estão:
- Limitação de inspeções não anunciadas
- Restrições ao monitoramento remoto
- Exigência de aprovação parlamentar para qualquer novo compromisso com a AIEA
Impacto nas relações internacionais
Especialistas alertam que a decisão pode:
- Complicar ainda mais as negociações para reviver o acordo nuclear de 2015
- Aumentar as tensões com potências ocidentais
- Levar a novas sanções econômicas contra o Irã
Contexto histórico: O acordo nuclear original, conhecido como JCPOA, foi abandonado pelos EUA em 2018. Desde então, o Irã vem gradualmente reduzindo seus compromissos com o tratado.
Reação da comunidade internacional
A AIEA já manifestou preocupação com a nova legislação, afirmando que ela "compromete a capacidade de verificação independente" das atividades nucleares iranianas. Enquanto isso, diplomatas europeus buscam manter o diálogo para evitar uma escalada maior do conflito.