
Parece que o Caribe está prestes a virar o palco de um daqueles filmes de suspense geopolítico. De repente, sem muito alarde inicial, os Estados Unidos moveram suas peças no tabuleiro: uma esquadrilha de dez caças F-35 Lightning II, a nata da tecnologia militar americana, pousou em solo porto-riquenho. Não é todo dia que você vê uma máquina de guerra daquele calibre tão perto de casa, não é?
O porta-voz do Comando Sul dos EUA, claro, veio com o discurso ensaiado. Disse que é tudo parte de um «exercício de rotina» para «reafirmar o compromisso com parceiros regionais» e «promover a estabilidade e segurança». Mas vamos combinar? Na prática, todo mundo entendeu perfeitamente o recado. É um daqueles «olha aqui, nós estamos de olho» dito não com palavras, mas com o ronco de motores de jatos stealth.
O Elefante na Sala Chamado Venezuela
Ah, a Venezuela... Como ignorar? A movimentação militar acontece num momento de... bem, vamos chamar de «relacionamento complicado» entre Washington e Caracas. O governo de Nicolás Maduro segue lá, firmemente no poder, mas sob um cerco econômico e político fortíssimo liderado pelos americanos.
Especialistas em segurança, aqueles que vivem decifrando códigos entre as linhas dos comunicados oficiais, não têm dúvidas. Eles veem o posicionamento dos F-35 como uma mensagem de dissuasão clássica. É uma demonstração de força, um lembrete musculoso de quem detém o poderio aéreo supremo na região. A pergunta que fica no ar, mais densa que a umidade do Caribe, é: como Maduro e seus generais vão reagir a esse show de força tão na sua porta?
E o Brasil nessa História Toda?
Embora a notícia em si não aponte um evento em solo brasileiro, a gente sabe que essas coisas não acontecem num vácuo. Qualquer tremor geopolítico nas Américas, especialmente um com esse potencial explosivo, mexe com os ponteiros de todos os países da região, incluindo o nosso. É como quando dois gigantes começam a se estranhar no quarteirão; todos os vizinhos ficam de sobreaviso, tentando calcular os reflexos. Fica aquele clima... você sabe.
Enfim, o que se vê é mais um capítulo dessa longa e complexa novela entre EUA e Venezuela. Os americanos apostam suas fichas na pressão máxima, militar e econômica, enquanto o regime chavista tenta sobreviver. E no meio disso tudo, Porto Rico vira, mesmo que temporariamente, a base de um dos aviões de combate mais formidáveis—e caros—já construídos. O próximo movimento é de quem?