O metrô de Moscou ganhou um novo elemento em sua decoração: uma estátua de Joseph Stalin, cercada por outras figuras emblemáticas da era soviética. A instalação reacendeu discussões sobre a relação da Rússia contemporânea com seu passado soviético e o culto à personalidade de um dos líderes mais controversos do século XX.
O retorno simbólico de Stalin
A estátua, esculpida em bronze, mostra Stalin em pose austera, ladeado por trabalhadores, soldados e intelectuais que representam o ideal soviético. A obra foi instalada em uma das estações mais movimentadas do metrô moscovita, local conhecido por sua arquitetura grandiosa que celebra as conquistas da URSS.
Reações divididas
Enquanto alguns moradores mais velhos celebraram a homenagem, associando Stalin à vitória na Segunda Guerra Mundial, grupos de direitos humanos e historiadores criticaram a iniciativa, lembrando os milhões de vítimas do stalinismo.
O contexto político atual
Analistas apontam que a reinstalação de símbolos soviéticos faz parte de uma política mais ampla do governo russo de reforçar narrativas nacionalistas e o orgulho do passado imperial e soviético do país.
- A estátua foi inaugurada discretamente, sem cerimônia oficial
- É a primeira grande representação de Stalin no espaço público moscovita em décadas
- O metrô de Moscou já abriga diversos elementos da era soviética em sua decoração
Especialistas em relações internacionais veem o gesto como mais um sinal da complexa relação da Rússia com sua história e da instrumentalização política da memória coletiva.
