
Em mais um capítulo da tensão entre as Coreias, o governo da Coreia do Norte está considerando medidas extremas para combater a influência cultural do sul. Segundo alerta emitido por autoridades de Seul, Pyongyang pode aplicar a pena de morte a cidadãos que utilizarem gírias ou expressões típicas da Coreia do Sul.
A medida faz parte de uma campanha agressiva para eliminar qualquer vestígio da cultura sul-coreana no país, que o regime de Kim Jong-un considera uma "ameaça ideológica". Nos últimos anos, a Coreia do Norte já havia banido dramas, músicas e até cortes de cabelo inspirados no vizinho do sul.
Leis draconianas e controle social
Fontes indicam que as novas regras seriam aplicadas sob a Lei de Rejeição de Ideias Reacionárias, criada em 2020. A legislação já prevê penas severas para quem consumir ou distribuir conteúdo estrangeiro, mas a inclusão da pena capital representaria um novo patamar de repressão.
Analistas internacionais destacam que:
- A medida reflete o temor do regime quanto ao "efeito contágio" da cultura sul-coreana
- Jovens norte-coreanos têm acesso clandestino a conteúdos do sul via dispositivos eletrônicos
- O governo busca reforçar o isolamento cultural do país
Impacto nas relações intercoreanas
Essa escalada ocorre em um momento delicado para a península coreana. Enquanto a Coreia do Sul amplia sua influência global com o K-pop e produções audiovisuais, a Coreia do Norte parece decidida a cortar qualquer ponte cultural entre os dois países.
Especialistas alertam que essas políticas podem:
- Dificultar ainda mais o diálogo entre as nações
- Isolar ainda mais a população norte-coreana
- Agravar as violações de direitos humanos no país
A comunidade internacional acompanha com preocupação esses desenvolvimentos, que evidenciam o abismo crescente entre as duas Coreias, mesmo em aspectos aparentemente triviais como o uso de gírias no dia a dia.