
Numa jogada que já era esperada por uns — e surpreendeu outros —, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deixou claro que está mesmo de olho na cadeira presidencial. Mas calma, não é só aquela história de "vontade de poder" que a gente já conhece. O cara trouxe argumentos que, convenhamos, até fazem sentido.
O que Zema falou (e o que ele não disse)
Numa daquelas entrevistas que você fica entre "será que ele tá sendo sincero?" e "pois é, até que tem lógica", Zema soltou o verbo. Segundo ele, a decisão de entrar na disputa vem de um mix de fatores: desde a insatisfação com o rumo do país até uma certa convicção de que seu modelo de gestão em Minas poderia ser replicado nacionalmente.
"Não é sobre ego", garantiu, com aquela cara de quem sabe que ninguém acredita 100% nisso. "É sobre oferecer uma alternativa real." Bom, pelo menos ele tentou.
Os três pilares da (pré)campanha
- Gestão eficiente: Zema não cansa de bater na tecla dos resultados em MG — redução de dívidas, atrações de investimentos... O pacote completo.
- Liberalismo com cara humana: Ele insiste que dá pra ser pró-mercado sem "jogar gente no precipício". Será?
- Discurso anti-establishment: Ainda que, vamos combinar, um governador dificilmente pode se vender como "outsider".
E tem mais: o timing. 2026 ainda está longe, mas no mundo político isso significa "já está atrasado". Zema sabe que precisa começar agora a construir pontes — ou queimar algumas, quem sabe?
Os desafios que ninguém está falando
Entre um argumento e outro, fica claro que o caminho não será moleza. Primeiro, tem aquela velha história de que mineiro é "frio" demais para campanhas nacionais. Depois, o Novo — partido de Zema — ainda é pequeno no tabuleiro nacional.
"Mas e o Bolsonaro em 2018?", alguém poderia argumentar. Pois é, só que... bem, a situação política hoje é outra bola. Zema terá que convencer tanto o centro quanto aquela ala mais radical que ainda sonha com o ex-presidente.
E aí? Será que o "jeito mineiro" de fazer política — discreto, calculista — vai colar num país acostumado a espetáculos pirotécnicos? A resposta, como tudo na política, está no meio do caminho entre o talvez e o "quem viver verá".