Trump joga lenha na fogueira de Bolsonaro e presenteia Lula com crise na direita
Trump abraça Bolsonaro e presenteia Lula com crise na direita

Eis que o pomo da discórdia cai no colo da política tupiniquim — e quem diria, vindo direto da Flórida. Donald Trump, aquele mesmo que não sabe ficar quieto nem no Twitter nem na vida real, resolveu dar pitaco no nosso quintal. E olha que presente de grego: um endosso público a Jair Bolsonaro que tá fazendo a direita brasileira tremer na base.

Não bastasse a crise interna que já rola no bolsonarismo — com aliados pulando do barco feito rato em navio afundando —, o ex-presidente americano decidiu jogar gasolina na fogueira. "Bolsonaro foi um grande líder", soltou ele num daqueles comícios que mais parecem reality show. Só faltou o grito de "You're fired!" pra completar o espetáculo.

O estrago tá feito

O problema? Trump tá longe de ser unanimidade até entre os republicanos — quem dirá no Brasil. O cara tem mais processos que loja da Americanas e uma reputação internacional que beira o meme. Agora imagina o trabalhão que os aliados de Bolsonaro têm pra explicar esse abraço virtual:

  • A ala moderada do centrão torce o nariz
  • Os evangélicos lembram dos escândalos morais
  • Até os militares ficam com um pé atrás — e olha que isso é dizer muito

Enquanto isso, no Planalto, Lula deve tá rindo à toa. O presente veio embrulhado com laço dourado: uma divisão na oposição em ano eleitoral vale mais que café na bolsa. "Trump fez mais pela minha campanha que alguns ministros", brincou um petista, sob condição de anonimato.

O timing não podia ser pior

Justo quando Bolsonaro tentava se reposicionar como alternativa moderada — ha! —, eis que surge o fantasma do trumpismo. A comparação é inevitável: dois populistas de direita, estilos parecidos, e o mesmo talento pra polarizar. Só que o brasileiro não tem o mesmo capital político que o americano.

"É como comparar um Fusca com um Ferrari", dispara um analista político. "Só que os dois tão com o motor fundido." A metáfora pode ser exagerada, mas faz pensar: até que ponto esse apoio ajuda ou atrapalha?

Enquanto a poeira não baixa, uma coisa é certa: a direita brasileira tá mais fragmentada que vidro de carro em baile funk. E no meio desse caos todo, quem lucra é o velho conhecido lá de Brasília. Ironia do destino ou jogo de xadrez político? Difícil dizer. Mas uma coisa é fato: 2024 promete.