Parece que o governador Tarcísio de Freitas está dançando conforme a música — mas a plateia não está muito animada. Enquanto tenta emplacar seu projeto de reorganização administrativa aqui em São Paulo, a coisa não está nada fácil na Assembleia Legislativa. Os deputados estão com o pé atrás, e o clima? Bem, digamos que não está dos mais amistosos.
E não é que, mesmo com a casa pegando fogo — metaforicamente falando, claro — o governador resolveu dar um pulinho em Brasília? Sim, você não leu errado. Na mesma semana em que precisaria estar focado em resolver seus problemas internos, Tarcísio foi articular apoio político para o ex-presidente Bolsonaro. A timing, convenhamos, no mínimo curiosa.
O Que Está em Jogo na Assembleia de São Paulo
A proposta do governo — que, entre outras coisas, mexe na estrutura de secretarias e cria novos cargos — está encontrando resistência até mesmo entre a base aliada. Alguns deputados estão questionando o timing e a necessidade real de tantas mudanças. Outros, mais diretos, falam em "jogo de poder" e "custo político alto demais".
Não ajuda que a oposição esteja de olho grande na situação, pronta para capitalizar qualquer deslize. E com a ida do governador a Brasília no meio desta crise, a impressão que fica é que ele está mais preocupado com a política nacional do que com os problemas do estado. Será?
Os Desdobramentos em Brasília
Enquanto isso, na capital federal, Tarcísio se reuniu com líderes do centrão e aliados bolsonaristas. O objetivo declarado? Articular apoio para o ex-presidente — mas não se engane, há sempre múltiplas camadas nesses encontros. É networking, é alinhamento político, é... bem, é política pura.
O que me faz pensar: será que o governador está tentando fortalecer sua própria posição nacional através dessas articulações? Ou estaria buscando aliados para pressionar deputados estaduais aqui em São Paulo? A política, como sabemos, raramente tem apenas uma motivação.
O certo é que essa dupla jornada política — administrar a crise local enquanto joga no tabuleiro nacional — exige malabarismos que poucos conseguem sustentar. E os paulistas estão de olho.
