Comissões da Câmara ignoram Mottа e marcam reuniões para apoiar Bolsonaro — veja o que está por trás
PL na Câmara marca reuniões para apoiar Bolsonaro

Não deu outra. Enquanto o plenário da Câmara dos Deputados parecia respirar os ares de uma trégua política — pelo menos na superfície —, as comissões comandadas pelo Partido Liberal (PL) resolveram fazer barulho. E que barulho! Nesta semana, marcaram reuniões para discutir, pasmem, apoio a Jair Bolsonaro. Tudo isso sem dar muita bola para o presidente da Casa, Arthur Lira, que preferiria manter o foco em outras pautas.

Parece piada, mas não é. Enquanto Lira tenta equilibrar os pratos — e são muitos —, o PL resolveu puxar o tapete. As comissões, que deveriam ser espaços de debate técnico, viraram palco de um espetáculo político. E olha que nem estamos em ano eleitoral.

O que está rolando, afinal?

Pois é. A coisa começou quando algumas comissões, sob o comando de aliados do ex-presidente, marcaram encontros para discutir — entre outras coisas — supostas "injustiças" contra Bolsonaro. Um dos temas? A tal da "perseguição política", que virou quase um mantra nos últimos tempos.

E não para por aí. Tem até quem queira transformar essas reuniões em plataforma para pressionar o Judiciário. Será que vai colar? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: o clima na Câmara não está nada amistoso.

E o Mottа? Ficou de molho

Aqui entra o detalhe mais suculento. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já deixou claro que não está muito afim dessa baderna. Mas, pelo jeito, o recado não chegou — ou foi convenientemente ignorado — pelos deputados do PL. E agora?

"É uma afronta", murmura um deputado governista, que prefere não se identificar. "Mas também, o que esperar?" Outros, mais otimistas, acreditam que tudo não passa de fogo de palha. Será?

Enquanto isso, nos bastidores, o jogo de poder segue. Lira tenta manter as rédeas, mas o PL parece disposto a puxá-las para outro lado. E no meio disso tudo, o trabalho legislativo — aquele que deveria ser a prioridade — acaba ficando em segundo plano.

Resta saber: até onde vai esse cabo de guerra? E, mais importante, quem sai ganhando no final?