
O clima em Brasília está tenso — e não é só por causa do frio atípico deste inverno. O Ministério Público Federal (MPF) acabou de entregar as cartas na mesa: em documento de 300 páginas, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado.
Não é brincadeira de criança. Segundo fontes próximas ao caso, as alegações finais apresentadas nesta terça-feira (16) pintam um quadro preocupante. A acusação? Articulação para manter o poder após as eleições de 2022, com direito a reuniões secretas e até suposta manipulação de manifestações.
Quem mais está na mira?
Além do ex-presidente — que nega todas as acusações —, outros nomes de peso aparecem na lista. Tem desde ex-ministros até figuras que circulavam nos bastidores do poder. A PGR alega que o grupo agiu em conjunto, como numa orquestra desafinada, para desestabilizar as instituições.
- Ex-ministro da Justiça
- Dois generais da ativa na época
- Um ex-advogado-geral da União
- Três outras figuras-chave do governo anterior
Curiosamente, um dos argumentos que mais chamou atenção foi a suposta criação de um "gabinete paralelo". Seria uma espécie de quartel-general alternativo para coordenar ações após a derrota eleitoral — algo que os defensores dos acusados classificam como "ficção jurídica".
E agora, o que acontece?
O juiz responsável pelo caso tem até 60 dias para analisar as alegações. Mas ninguém espere um desfecho rápido — processos desse tamanho costumam virar novelas de muitas temporadas. Enquanto isso, os réus seguem soltos, embora sob os holofotes da Justiça.
Especialistas consultados pelo nosso time divergem. Uns veem nas 300 páginas um "retrato contundente" de irregularidades. Outros acham que faltam provas concretas — "muito fumaça, pouco fogo", como disse um deles, pedindo para não ser identificado.
Uma coisa é certa: o caso promete esquentar ainda mais o debate político nos próximos meses. E você, o que acha? Será que o MPF conseguiu juntar peças suficientes para esse quebra-cabeça jurídico?