O jogo político para 2026 já começou a esquentar, e a Quest acaba de jogar um balde de água fria — ou gasolina — na fogueira. Segundo o último levantamento da consultoria, a corrida presidencial promete ser daquelas que deixam o país em suspense até o último minuto.
Numa dessas reviravoltas que só a política brasileira sabe produzir, os números mostram um cenário onde velhos conhecidos e algumas surpresas dividem o palco. Lula e Bolsonaro, como era de se esperar, continuam na briga — mas não tão confortáveis quanto imaginam seus aliados.
Os números que falam (e os que calam)
Entre os entrevistados, 32% declararam intenção de voto em Lula num possível segundo turno contra Bolsonaro. Do outro lado, 30% optariam pelo ex-presidente. A diferença? Quase dentro da margem de erro — o que significa, em bom português: "tudo pode acontecer".
E tem mais: quando entra em cena Sergio Moro como terceira via, o quadro muda completamente. O ex-juiz aparece com 15% nas intenções de voto, roubando folga principalmente do eleitorado bolsonarista. Algo que, convenhamos, não deve agradar nem um pouco no Alvorada.
O eleitor está indeciso? Nem tanto...
Aqui vai um dado curioso: 23% dos entrevistados simplesmente não sabem em quem votariam. Parece muito? Na verdade, é menos do que se via em pesquisas anteriores. O brasileiro, ao que tudo indica, está começando a tomar lado — mas ainda com um pé atrás.
"O eleitor está menos perdido, mas ainda desconfiado", analisa um cientista político que preferiu não se identificar. "É como se estivessem esperando para ver qual candidato vai cometer o primeiro deslize grave."
E as surpresas?
Quem diria, mas até Ciro Gomes aparece com números respeitáveis — 8% nas intenções de voto. Pode não parecer muito, mas num cenário tão polarizado, esse percentual pode fazer toda a diferença. Já Tarcísio de Freitas, o "novo queridinho" de parte da direita, ainda patina com apenas 3%.
- Lula: 32%
- Bolsonaro: 30%
- Sergio Moro: 15%
- Ciro Gomes: 8%
- Tarcísio: 3%
- Indecisos: 23%
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 120 municípios entre os dias 10 e 13 de julho. Margem de erro? Dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja: qualquer coisinha pode virar esse jogo.
Uma coisa é certa: 2026 promete. E se tem alguém que não pode reclamar de monotonia, esse alguém é o eleitor brasileiro.
