MST ocupa sede do Incra em SP: protesto por reforma agrária ganha força no centro da capital
MST ocupa sede do Incra no centro de São Paulo

Não deu outra. Nesta quarta-feira (23), o centro de São Paulo virou palco de mais um capítulo da luta pela terra no Brasil. Por volta das 9h, um grupo de manifestantes do MST — aquela galera que não cansa de brigar por um pedaço de chão pra plantar — invadiu o prédio do Incra, bem no coração da Pauliceia.

E não foi pouca gente não. Segundo testemunhas, pelo menos 200 pessoas entraram no prédio, ocupando corredores, escadas e até o saguão principal. Alguns até trouxeram faixas e cartazes — daqueles bem coloridos, sabe? — com frases de efeito sobre "justiça agrária" e "direito à terra".

O que tão querendo?

Ah, aí é que tá. O pessoal do MST tá de saco cheio da morosidade nos processos de reforma agrária. Eles querem, basicamente, três coisas:

  • Mais agilidade na desapropriação de terras improdutivas
  • Melhores condições nos assentamentos já existentes (água, luz, estradas... o básico, né?)
  • Transparência total nos processos do Incra

"A gente cansa de esperar", disse Maria dos Santos, uma das líderes do movimento, enquanto ajustava o boné do MST. "Tem terra que tá parada há anos, enquanto família passa fome. Isso é justo?"

E a reação?

Pois é. Até o momento, a Polícia Militar tá só observando — nada de truculência, graças a Deus. O Incra emitiu uma nota dizendo que "reconhece o direito de manifestação" (ufa!), mas que a ocupação "prejudica o atendimento ao público".

Já o governo estadual — sempre ele — mandou aquele discurso pronto sobre "diálogo" e "canais democráticos". Só que, entre nós, ninguém ali parece muito convencido de que isso vai resolver alguma coisa.

Enquanto isso, no centro de SP, o movimento segue firme. Alguns manifestantes até improvisaram um "almoço coletivo" no local, com comida trazida de assentamentos próximos. Simbólico, não?

Uma coisa é certa: essa história ainda vai dar o que falar. O MST promete ficar "o tempo que for necessário" — e, pelo histórico deles, não é blefe não.