
O cenário político brasileiro parece respirar aliviado — pelo menos por enquanto. Depois de semanas turbulentas, uma nova pesquisa revela que o presidente Lula recuperou parte do apoio perdido, especialmente entre as camadas mais vulneráveis da população. E olha que o assunto tá longe de ser simples.
Os números mostram uma divisão clara: enquanto as classes média e alta seguem céticas, os mais pobres voltaram a apostar no governo. "É como se tivéssemos dois Brasis dentro de um só", comentou um analista que prefere não se identificar — e não é pra menos, com a temperatura política atual.
O fator tarifaço
Nos bastidores, o Palácio do Planalto monitora com lupa os possíveis efeitos do recente aumento nas tarifas de energia. Ninguém ali se ilude: sabem que a conta pode chegar mais cedo ou mais tarde, principalmente se a inflação resolver dar as caras de novo.
Curiosamente, parte da equipe econômica acredita que o impacto será menor do que o esperado. "O povo brasileiro tem memória curta, mas bolso sensível", brincou um assessor, entre um café e outro. Será?
- Subida de 5% nas intenções de voto entre os mais pobres
- Queda de 3% nas classes AB
- Tarifa de energia pesando no bolso desde abril
Enquanto isso, a oposição afia as facas — literal e figurativamente. Alguns deputados já falam em CPI das tarifas, enquanto outros preferem esperar o desenrolar natural dos acontecimentos. "Tempo e imprensa livre são nossos melhores aliados", declarou um conhecido oposicionista.
E agora?
O governo parece ter aprendido a lição: depois do susto inicial, passou a dosear melhor suas medidas impopulares. Mas será suficiente? Com a economia dando sinais contraditórios e o Congresso cada vez mais arredio, até o otimista de plantão fica com o pé atrás.
Uma coisa é certa: nos próximos meses, cada decisão será analisada sob lupa. E o povo? Bem, o povo continua pagando a conta — literalmente.