O clima político no Brasil aqueceu ainda mais esta semana. E não foi por causa do verão tropical — mas sim de uma ação judicial que promete dar o que falar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu bater de frente com seu antecessor, Jair Bolsonaro, no campo que ambos conhecem bem: o judiciário.
Parece briga de torcida organizada, só que com ternos e togas. Lula acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro, alegando que o ex-presidente teria atacado frontalmente a liberdade de imprensa durante seu mandato. E olha que a coisa não é de hoje — segundo a petição, os ataques seriam "sistemáticos e recorrentes".
O que está em jogo?
Não se trata apenas de uma rixa pessoal entre dois políticos. O cerne da questão — e isso é importante — gira em torno de um princípio fundamental: o direito de informar e ser informado. A ação pede que o STF determine se Bolsonaro violou a Constituição ao, supostamente, tentar intimidar veículos de comunicação.
Os advogados de Lula argumentam com uma lista de exemplos que faria qualquer jornalista torcer o nariz. Desde declarações polêmicas até — pasme — ameaças veladas durante entrevistas. "É como tentar apagar um incêndio com gasolina", comentou um analista político que preferiu não se identificar.
E os precedentes?
O Supremo já tem histórico nesse tipo de caso. Ano passado, ministros determinaram que críticas à imprensa são válidas, desde que não virem perseguição. A linha é tênue como fio de cabelo — e é justamente aí que mora o perigo.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue firme e forte. De um lado, os que acham que Lula está certo em buscar amparo legal. Do outro, os que veem mera retaliação política. "Tá na hora de parar com essa novela", desabafou uma internauta no Twitter. Difícil discordar.
O STF ainda não marcou data para analisar o caso. Mas uma coisa é certa: quando isso acontecer, vai render manchetes — ironicamente, exatamente o que está sendo discutido.
