Lula respira alívio com pesquisas favoráveis, mas cenário econômico ainda preocupa
Lula melhora em pesquisas, mas economia preocupa

O ar parece estar mais leve nos corredores do Planalto esta semana. Depois de meses sob pressão, o presidente Lula colhe os primeiros frutos de uma recuperação nas pesquisas — mas calma lá, não é hora de soltar foguete ainda.

Dados fresquinhos revelam que a reprovação ao governo caiu 5 pontos percentuais desde março. Uma virada e tanto! Quem diria que medidas populares como o aumento do Bolsa Família e a retomada de programas sociais fariam efeito tão rápido?

O lado B da moeda

Porém — e sempre tem um porém —, a economia teima em não entrar nos eixos. A inflação resiste, o dólar oscila feito ioiô e o mercado de trabalho... bem, melhor nem comentar. "É como enxugar gelo", resmungou um assessor presidencial sob condição de anonimato.

Detalhe curioso: enquanto a popularidade sobe no Nordeste (óbvio!), no Sudeste a coisa tá mais morna que café esquecido na mesa. Será que o eleitorado de classe média ainda guarda ressentimentos?

Números que falam (e muito)

  • Aprovação geral: 38% (era 35%)
  • Desaprovação: 29% (caiu de 34%)
  • Indecisos: 33% — um exército de "talvez"

Não é maravilha, mas depois do turbilhão dos primeiros meses, qualquer melhora é celebrada com almoço especial no Palácio. O problema? O vermelho nas contas públicas continua gritando mais alto que torcida organizada.

"Temos um dilema clássico", analisa a economista Carla Mendes. "Popularidade versus responsabilidade fiscal. Alguém vai sair machucado dessa equação."

Enquanto isso, nos bastidores, o Planalto já prepara o próximo pacote de medidas — desta vez mirando a classe média. Será a cartada final? Só o tempo (e as próximas pesquisas) dirão.