
Numa análise que mistura preocupação e ironia fina, o ex-presidente Lula soltou o verbo sobre os rumos da política mundial. E adivinha só? O bode expiatório não é quem você pensa.
"Tem gente que ainda acha que o fantasma do socialismo assombra o mundo", disparou, com aquele sorriso maroto de quem sabe das coisas. "Mas o perigo real tá do outro lado do espectro — a extrema-direita que cresce feito mato no cerrado."
O X da questão
Segundo o petista, enquanto a esquerda patina em debates teóricos, a direita radical avança com:
- Narrativas simplistas que pegam como rastilho de pólvora
- Uso maquiavélico das redes sociais
- Discurso anti-establishment que seduz até quem tá de saco cheio da política
"É uma ironia do destino", refletiu, ajustando os óculos. "A gente discute igualdade e eles tomam o poder na marra."
Brasil no espelho global
O ex-mandatário não poupou exemplos — da Europa às Américas — onde partidos de extrema-direita viraram de coadjuvantes a protagonistas. Mas foi ao falar do Brasil que a voz ganhou um tom mais grave:
"Aqui a briga é diferente. Enquanto uns ficam caçando comunista debaixo da cama, o bolsonarismo montou acampamento no meio da sala."
E completou, num misto de alerta e provocação: "Democracia não é brinquedo. Quando quebra, ninguém acha as peças no chão."
O contra-ataque possível
Para Lula, a saída passa por:
- Reconectar com as ruas — sem medo do povo
- Abandonar jargões do século passado
- Construir pontes com quem só quer viver dignamente
"Tá na hora da esquerda parar de assustar e começar a encantar", arrematou, antes de sair para um café — porque política, no fundo, também se faz com paciência e pó de café.