
O presidente Lula escolheu Minas Gerais como palco para um discurso contundente — e não mediu palavras ao atacar o que chamou de "tarifaço abusivo" que continua pesando no bolso dos brasileiros. A fala aconteceu durante evento em Belo Horizonte, e a irritação do mandatário era visível, pra não dizer palpável.
Não é de hoje que o tema tira o sono do Planalto, mas desta vez o tom foi além da crítica. Lula adiantou que o governo está de olho em alternativas concretas para driblar a dependência comercial que tanto nos limita. "Precisamos correr atrás de novos mercados", afirmou, com aquela convicção de quem já viu o país passar por crises piores — e sobreviver.
Além da reclamação: o que está por vir?
O presidente não se limitou ao discurso. Deixou claro que a equipe econômica já trabalha nos bastidores para identificar oportunidades em países que, até então, não eram prioridade no radar comercial brasileiro. África e Ásia apareceram como apostas fortes no tabuleiro geopolítico.
Não é só sobre exportar mais — é sobre exportar melhor. E com mais autonomia.
O elefante na sala: o custo da energia
Enquanto isso, a questão energética segue como um ponto de atrito direto com a população. Lula reconheceu que, apesar de alguns avanços, o preço da luz ainda é um problema grave — e que exige soluções estruturais, não paliativos.
Ele lembrou que, desde o ano passado, o governo tenta negociar com as distribuidoras, mas os resultados… Bem, estão longe do ideal. "Não podemos aceitar que o lucro de poucos se sobreponha ao direito de muitos", disparou, arrancando aplausos da plateia.
Parece que a mensagem foi clara: o tema não será abandonado tão cedo.
Um recado ao mercado — e aos críticos
Por trás das palavras, havia também um tom de confronto. Ao reforçar a disposição de buscar novos acordos internacionais, Lula sinalizou que o Brasil não ficará refém de interesses estabelecidos ou de parceiros tradicionais que não colaboram.
Não é bravata. É estratégia. E Minas Gerais, com seu peso político e econômico, foi o cenário perfeito para esse tipo de mensagem.
Resta saber, agora, como o mercado e os setores impactados vão reagir. Mas uma coisa é certa: o governo não pretende ficar quieto.