Numa daquelas tiradas que só quem tem estrada na política sabe dar, o presidente Lula soltou o verbo sobre Romeu Zema nesta quinta-feira. O governador mineiro, que até então mantinha um perfil mais discreto, foi alvo de uma crítica afiada do mandatário federal.
"Tem gente que se faz de humilde, mas não é não", disparou Lula, sem meias palavras. A declaração aconteceu durante conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, deixando claro que o clima entre os dois não está nada amistoso.
O presidente foi além e deu sua opinião sobre o cenário eleitoral que se desenha para 2026. "Quanto mais candidatos, melhor para a democracia", afirmou, com aquela convicção de quem já disputou—e venceu—várias eleições. Uma visão que, convenhamos, faz todo sentido num país plural como o nosso.
O pano de fundo dessa rusga
O que pouca gente sabe é que essa troca de farpas não veio do nada. Zema, do partido Novo, tem se posicionado como uma das vozes mais críticas ao governo federal—especialmente quando o assunto é gestão econômica. E olha que mineiro, quando puxa o time, não costuma fazer feio.
Lula, por sua vez, parece não engolir o que chama de "modéstia de fachada" do governador. É aquela velha história: na política, as aparências enganam—e todo mundo sabe disso.
E as eleições?
O comentário sobre a multiplicidade de candidatos não foi à toa. Com a possibilidade de Zema disputar a presidência, o tabuleiro político fica mais interessante—e imprevisível. Lula sabe bem disso, afinal, já viu de tudo nesses anos todos de vida pública.
O que me faz pensar: será que o presidente está mesmo tranquilo com a possibilidade de ter mais um concorrente forte em 2026? Ou será que essa fala esconde uma certa preocupação? Difícil dizer, mas uma coisa é certa—a política brasileira nunca perde o reinado quando o assunto é surpresa.
Enquanto isso, Zema mantém seu estilo peculiar—aquele jeito contido que, dependendo de como você olha, pode parecer humildade ou estratégia política bem calculada. E aí, qual será a verdade? Só o tempo—e as urnas—vão dizer.
